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Pesquisa: da academia à indústria

Por: Tayná Sturion

17/02/2023 - Atualizado em 3 de março de 2023

 

Há uma célebre frase de John Lennon que diz “Não existem problemas, apenas soluções”. E se você pensou que isso é uma utopia, algo muito distante da realidade, acalme-se, respire e acompanhe!  

A mensagem contida nessa frase se refere aos problemas como oportunidades de exercer a criatividade para encontrar soluções para eles. Portanto, todas as nossas dores e necessidades são conjunturas que nos proporcionam desenvolvimento; são oportunidades de crescimento aguardando por nosso empenho em resolvê-las. E tudo começa na imaginação! 

Para dar conta das inúmeras demandas diárias que nos cercam desde os primórdios, a humanidade desenvolveu um sistema de classificação, no qual segmenta e organiza esses “problemas” em áreas de conhecimento, que reúnem estudos, descobertas e todo saber acumulado sobre eles, utilizando-os para imaginar e testar possíveis soluções. A isto chamamos Ciência!  

É através dela, portanto, que avançamos em nossa jornada existencial, descobrindo maneiras cada vez mais eficazes e interessantes de estar no mundo, para não apenas passar por ele, sobrevivendo às adversidades, mas também para aprender com elas, construir e realizar.  

Compreender que a Ciência é um instrumento que nós desenvolvemos e aperfeiçoamos também nos faz perceber que nossa relação com ela é muito mais próxima do que consideramos!  

No entanto, diversos fatores ainda contribuem para a manutenção de uma aura de mistério em torno do fazer científico, criando um isolamento que afasta a pesquisa das pessoas limitando-a ao ambiente acadêmico. Esse distanciamento promove alienações que impactam diretamente o bem-estar social, afinal, sem pesquisa não há desenvolvimento, ficamos dependentes da tecnologia e de soluções projetadas pelo capital científico de outros países, pagando mais caro por elas.

Seria esse distanciamento causado por alguma insegurança pessoal - ao imaginar que o conhecimento é algo distante e exclusivo de estudantes formais - falta de interesse e estímulos, ou limitações de acesso a essas informações? Talvez um pouco de tudo. Por isso, destacar os progressos da ciência para aproximar a população e as empresas privadas das universidades e centros de pesquisa é essencial para impulsioná-la, e essa é a missão dos canais de divulgação que se dedicam a promovê-la com seriedade. 

Aplicações práticas do conhecimento científico

Aproximar academia e sociedade para estimular o desenvolvimento é uma responsabilidade que o PECEGE abraça há 19 anos, oferecendo solo fértil para seu cultivo e nutrientes para que cresça, colocando educação e conhecimento ao alcance de cada vez mais pessoas. 

A Editora PECEGE é o núcleo desse ensejo, onde se concentram os esforços para divulgação de pesquisas realizadas dentro e fora da instituição.  

Uma de suas realizações é a revista Quaestum, que se dedica à revisão e publicação de artigos, notas científicas e revisões bibliográficas abrangendo temas relacionados ao Agronegócio, Economia, Finanças, Gestão, Marketing, Negócios e Recursos Humanos. 

Uma pesquisa recentemente publicada na revista (2022) e que merece destaque por seu potencial inovador, investigou a viabilidade da instalação de uma estrutura fotovoltaica (de captação de energia solar) feita sob medida, acima de plantações de cana-de-açúcar para geração de eletricidade. O objetivo é aproveitar a mesma área para cultivar o gênero e gerar energia para que as usinas possam utilizar esse recurso adicional para o processamento da cana, economizando no processo, sem perder áreas de cultivo. 

Os primeiros estudos com essa finalidade surgiram na Alemanha e o conceito original propunha a instalação de estruturas com placas fotovoltaicas acima de plantações de batatas com o objetivo de gerar uma fonte de renda extra para os agricultores, visando a otimização do uso da terra, uma vez que na Europa e em outros pontos do planeta há uma crescente preocupação com a escassez de terras agricultáveis, somada à demanda por fontes de energia renovável. 

Inovação para a Indústria Nacional

A pesquisa precursora desse projeto aqui no Brasil é um dos diversos e excelentes resultados dos MBAs USP ESALQ, ministrados por professores da Universidade e operacionalizado pelo PECEGE. Ela antecipa um cenário que prevê a inclusão desse tema em decisões estratégicas para o progresso da agricultura no Brasil, demonstrando que o uso eficiente da terra, o ganho de rendimento e as melhorias na eficiência do cultivo provenientes dessa combinação também podem ser bem aplicados no país.  

De acordo com Edson Mota, um dos editores científicos da revista Quaestum, projetos inovadores como esse passam por lá frequentemente e, como divulgadores da ciência, além do compromisso com a precisão das informações fornecidas, a equipe editorial tem como responsabilidade transformar conteúdo científico e de linguagem específica em um material que possa ser consumido e compreendido por pessoas de fora daquele campo de estudo, realizando assim a proposta de integrar o saber acadêmico às práticas do mercado. 

É dessa forma que o Pecege mobiliza seus profissionais, recursos e estrutura para assumir a tarefa de democratizar o acesso ao conhecimento e criar condições para sua disseminação, da qual todos são convidados a participar e discutir assuntos que impactam nossa sociedade, sem restringi-los à especialistas.  

Convidamos você a conhecer e acompanhar esse trabalho através das publicações da Editora Pecege para ampliar seu horizonte de saberes, exercitar sua compreensão de assuntos que impactam positivamente a sociedade, e se manter atualizado sobre as possibilidades e inovações viabilizadas pela ciência. Aqui no Pecege, trabalhamos para criar e aprimorar ideias e contamos com você para imaginar e construir um futuro ainda mais interessante e próspero!

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