Financial Deepening: uma tendência cada vez mais ativa no Brasil
Quando uma economia passa por esse processo de aprofundamento, há uma expansão da oferta de serviços, incluindo contas bancárias, cartões de crédito, empréstimos e investimentos. Essa expansão gera maior inclusão financeira, uma vez que mais pessoas e empresas passam a ter acesso a esses produtos. Através do aumento de oferta, temos uma democratização do mercado financeiro.
Esse processo ocorre quando uma economia se desenvolve, atraindo investimentos e aumentando sua produtividade, o que leva a um maior acúmulo de capital. Com mais capital disponível, as instituições financeiras têm mais recursos para emprestar e investir em novos projetos, o que por sua vez, impulsiona o crescimento econômico.
O cenário promissor também inclui maior diversificação dos serviços financeiros ofertados e a criação de produtos mais sofisticados e adaptados às necessidades específicas de diferentes grupos, como linhas de crédito para pequenos empresários e agricultores – microcrédito e crédito agrícola -, consórcios, contas simplificadas e investimentos de impacto social.
As finanças no mundo
Em escala global, os países desenvolvidos já passaram por esse estágio, e agora chegou a vez dos emergentes, visto que o processo de educação financeira tem se dado de maneira mais lenta e gradual entre eles. A entrada de novas gerações de investidores no mercado é um dos fatores que mais tem contribuído para esse crescimento, juntamente com a expansão da tecnologia e do acesso à informação.
Essa movimentação, portanto, é parte de um processo mundial, influenciado por fenômenos globais de longo prazo, que os economistas chamam de TINA (there is no alternative). Ele é caracterizado por três tendências de movimentos deflacionários, são eles:
- Demografia: o aumento da expectativa média de vida, que leva à postergação do consumo;
- Tecnologia: o aparato tecnológico viabiliza meios mais baratos de produção, dinamização logística e digitalização do consumo, o que também barateia os custos de produção;
- Globalização: a quebra das barreiras comerciais entre os países e o aumento dos fluxos migratórios também possibilita a oferta de produtos e serviços mais baratos.
Esses processos estruturais são irreversíveis, podendo influenciar o decréscimo da inflação e, consequentemente das taxas básicas de juros. Se a inflação é pressionada a diminuir, as taxas de juros também caem e, com isso, os produtos financeiros ligados a elas na renda fixa têm seu retorno (lucratividade) reduzido, impulsionando o processo de procura por investimentos mais rentáveis e sofisticados.
No entanto, ele depende de um fluxo geracional, que ocorre de maneira lenta, levando décadas para se consolidar, pois está condicionado à difusão e aquisição de conhecimento de qualidade em investimentos, que ofereça segurança às pessoas para que possam explorar as possibilidades do mercado de capitais. Por estarem mais adiantados nesse quesito (educação financeira), as carteiras de investimentos dos investidores de países desenvolvidos tendem a ser mais diversificadas, com produtos mais sofisticados e de maior rentabilidade.
Agora imagine: um setor que cresce a cada dia, oferecendo mais opções de produtos, com maior necessidade de crédito e capital para acompanhar o aumento do consumo da sociedade. Nesse mercado, as oportunidades profissionais tendem a ser cada vez mais abundantes, com novos postos de trabalho sendo criados e novas profissões emergindo com o desenvolvimento tecnológico. Novos mercados, antes inexistentes, agora fazendo parte do cotidiano das pessoas, à distância de um toque na tela.
Um caminho que começa a ser trilhado
A melhor notícia é que já estamos nesse processo e, ano após ano, o mercado financeiro segue sendo um dos segmentos que mais crescem no país.
Para além daqueles que desejam ingressar profissionalmente no mercado de capitais, o cenário do “financial deepeening” abre também uma janela de oportunidades de crescimento aos investidores, principalmente nos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. O tipo de oportunidade que se tornou escassa em ambientes financeiros já maduros, como os de economias desenvolvidas.
Com a ampliação do mercado financeiro, cada vez mais bancos, gestoras, fundos e financeiras devem surgir, ampliando a oferta de serviços, aumentando a concorrência e tornando os produtos cada vez mais competitivos para os clientes finais. Mais empresas e fundos imobiliários abrirão seu capital, por meio de IPO’s (oferta pública inicial), ampliando as opções de ativos que os investidores, sejam pessoas físicas ou institucionais, têm à sua escolha.
Eis a lei que rege o mercado: da oferta e demanda. Ela é implacável! Aprenda a se adaptar às mudanças para obter vantagens que desde já vão impulsionar seu crescimento rumo à independência financeira.
A certeza que temos é de que, seja você profissional do mercado financeiro ou investidor, as oportunidades nesse setor em plena expansão só podem ser aproveitadas por meio do conhecimento. Por isso buscamos uma colaboração estratégica para desenvolver o Certificate - a formação mais completa do mercado em gestão financeira e investimentos - fruto de nossa parceria com a B3 Educação. Um braço da Bolsa de Valores do Brasil e uma das principais empresas de infraestrutura de mercado financeiro do mundo que está hoje entre as líderes globais do setor.
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