Produção de conteúdo: mais que um nicho, um produto
Mesmo que muitos não concordem com a expansão do uso da palavra “conteúdo” é importante lembrar que as denominações não têm dono e que as pessoas as adotam livremente.
A produção de conteúdo está aí, mais ousada, rompendo barreiras da forma e da linguagem. Está nas mãos, na boca e na mente de uma geração que promete não parar de misturar e confundir os termos mantendo seu importante papel de não deixar que o mundo se aquiete.
Dos originais às imitações e trends, os conteúdos fazem parte de um mundo que deu uma rasteira nas previsões e caminhou rumo às transformações da comunicação. O mundo não seguiu em direção à criação de naves espaciais como pensávamos até algumas décadas.
Quando se deixa de lado os julgamentos sobre diferentes relevâncias, é fato que a produção de conteúdo ficou mais ousada. E isto se reflete além das tendências das redes sociais. Este tom ousado e expansivo também é observado na comunicação corporativa.
A expansão do termo
Para se ter uma ideia, há aproximadamente 10 anos a área de comunicação ainda não contava com este profissional e nem com a denominação “produtor de conteúdo”.
Havia o redator publicitário, o “cara do slogan”; às vezes o jornalista, o produtor de texto. Profissões que além de serem notadamente exercidas por homens (como se vê nas denominações citadas), eram limitadas principalmente quanto à sua relevância e profundidade.
Mais que redatores, a produtora e o produtor de conteúdo são profissionais com mais espaço à disposição. Com mais linhas a preencher. Inclusive com a possibilidade de ir além das linhas. São mais canais, mais temas a tratar, pessoas e grupos distintos a atingir, mais finalidades.
Conteúdo é produto.
Ele está além do rótulo.
De agências de publicidade a setores diversos dentro de empresas, os produtores de conteúdo corporativos, (chamemos assim para que se distingam dos autodenominados mais recentes), estão diante de uma tarefa holística: são responsáveis pela integração dos fenômenos de uma marca.
O aquecido mercado dos profissionais ligados à produção de conteúdo é reflexo de um cenário expansivo ansioso para ser explorado. Segundo informações da equipe de recrutamento do Pecege, as respostas às vagas referentes aos termos “redator”, “copywriter” e “produtor de conteúdo” dispararam nos últimos 2 anos.
Não por menos, hoje o Pecege conta com uma equipe “multiorigem” de produtores de conteúdo, formada por profissionais tradicionais das áreas da comunicação, como jornalistas e publicitários, a produtores de áreas mais técnicas, como engenheiros e professores.
Trata-se de um grupo de pessoas com habilidades e olhares distintos e empenhadas em transmitir ideias que contribuam para que o que está dentro das empresas e marcas ganhe o mundo da forma mais adequada a cada público, permitindo a aproximação entre quem consome e quem produz.
Adotar uma equipe especializada em produzir conteúdo é uma estratégia para garantir qualidade e pluralidade a materiais que demandam olhar técnico associado às demandas de canais muito específicos. Afinal, um conteúdo não está restrito apenas a palavras. Conteúdo é sensação provocada por imagem, áudio, paródias, memes, dados e informações organizadas de diferentes formas.